segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Metade dos dias de voce em mim - 21 semanas de gestação do meu Eduardo!

Normalmente as mamães comemoram a metade de suas gestações quando completam 20 semanas, considerando que seus bebes irão permanecer em suas barriguinhas até no máximo 40 semanas, o tal tempo médio das gestações. Como já cheguei a 41+1 semanas na gestação do Daniel, sem sinal nenhum de TP, deixamos nossa comemoração para quando completássemos 21 semanas, o que aconteceu ontem, um lindo domingo ensolarado de novembro.

Não nos falta motivos para comemoração, pois estamos vivendo uma gestação linda, plena, saudável e eu por eu estar realmente sentindo meu bebe há 21 semanas na minha barriga. Falar isso parece convencimento meu, mas não é não. Como engravidei no primeiro ciclo pós-anticoncepcional, nunca soube ao certo quando estaria ovulando, mas quando conseguimos a confirmação da IG através das duas primeiras US, entendi o por que daquele primeiro dia de enjoo matinal (nó na garganta, olhos lacrimejando), sentido logo após a volta da viagem para o Araguaia, quando eu recém estava entrando na terceira semana de gestação (lembrando que as duas primeiras semanas equivalem ao período pré-ovulação da mulher). Depois daquele dia foram sucessivos os seus sinais, físicos, emocionais, cada dia experimentando ter você em mim das formas mais variáveis e lindas possíveis.

Estou impressionada com as respostas do meu corpo a esta segunda gestação. Como eu e meu bebe estamos íntimos! Sinto uma energia, uma luz vinda de dentro de mim, uma companhia incessante, uma presença constante, um motivo a mais para ser melhor e mais feliz.

A preparação para a chegada deste filho também está sendo muito diferente, desde o anseio pela sua concepção. Pouco está me preocupando a arrumação do quarto, do enxoval ou das roupinhas, pois é a organização da vida que está sendo buscada. A estabilidade da minha relação de mãe e filho com o Daniel, de marido e mulher com o Andre, de ser humano buscando seu melhor para com mundo. Me interiorizei para procurar as prioridades, entender os limites, ouvir os anseios do meu corpo e da minha alma, o que realmente se faz necessário para que eu possa ser ainda melhor para o Eduardo, para o Daniel, para o Andre, para mim mesma e para o resto do mundo.

Fisicamente os sinais também foram sentido primeiro. Desde o primeiro enjoo matinal contado acima até os movimentos fetais que começaram a ser percebidos ainda com 16 semanas de gestação. A barriga também está mais visível, crescendo mais rápido e eu já estou me sentindo a mulher mais linda do mundo :)

Voltando a contar sobre nossa comemoração, fomos até a fazenda Pontal das Águas, 20 e poucos quilômetros de Campo Grande, pertinho, facinho para ir. Na ultima vez que estivemos lá eu também estava grávida, no nono mês da gestação do Dandan. Nem preciso dizer o quanto este passeio foi mais divertido e completo para nós, pois agora éramos quatro, alí juntinhos, compartilhando nossas alegrias e reafirmando o amor que sentimos uns pelos outros.

Agradecer a Deus é pouco. Creio que oferecer seja a palavra certa para devolver a Ele o que nos está sendo concedido neste momento de tanta alegria e amor.

...Minha família é para Ti, Senhor
 Minha família é para Ti
Porque Tu me deste a vida
Porque Tu me deste o existir
Porque Tu me deste o carinho
Me deste o amor...

As fotos que fizemos por lá:

 Dandan bem faceiro, caminhando pela trilha que leva até a cachoeira

 Tomando banho de rio com o papai

 Mamãe fazendo pose para mostrar a barriguinha de 21 semanas

 Nós dois... te amo meu filho!

 Rindo a toa com o papai :)

 Sentadinho no tronco, esperando o irmãozinho que esta para chegar! 

Nós tres na rede, em um delicioso cochilinho da tarde (sim, ele está mamando)

 Dandan aprendendo a fazer bolinho na aulinha de culinaria...

 ... e estampando as mãozinhas na cestinha, na aulinha de pintura.


Indo pra casa, levando a cestinha que será presente para o irmãozinho!


sábado, 10 de novembro de 2012

Mutiplicando o meu amor!

Segunda gestação, nova vida, novo sonho, um novo amor! Exalando maternidade, me vejo mais viva do que nunca, aceitando plenamente as mudanças do corpo, da minha mente e do meu coração. A alegria é tão real que quase pode ser tocada.

Esperar o segundo filho para mim está sendo uma experiencia maravilhosa, unica, particular. Nunca estive tão conectada com meu corpo, com minhas vontades de femea, de mãe, de mulher. Livre do consumismo e exibicionismo que me rodearam na primeira gestação, tudo o que eu quero agora é o meu cantinho pra mojar e a companhia das pessoas que eu verdadeiramente amo. Sem lista de compras, sem compromissos agendados, sem expectativas ou anseios desnecessários... só quero ver o meu nenê...

Vou ganhar mais um menino! Meu coração sabe que esta foi a forma que Deus encontrou de preencher minha vida com as figuras masculinas que eu sempre quis amar e que nunca aceitaram o meu amor. Depois de buscar por metada da vida o amor de um pai e de um irmão, terei todo o resto dos meus dias para amar os meus filhos, feitos por mim e pelo amor da minha vida.

Eduardo, meu pequenino, como é bom sentir seus movimentos no meu ventre. Obrigada pela Paz imensa que sua vinda está trazendo para minha vida e para a vida do seu papai e do seu irmãozinho. Presente de Deus, anjo de Luz, Paz do Meu Amor! Espero por voce meu filho, venha com Deus, na sua hora, da sua maneira.
... eu quero mesmo é viver pra esperar, esperar e esperar você...

Não há fase melhor, os dias nunca foram tão felizes. Obrigada meu Pai do Céu, esta espera valeu cada dia!


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Do ventre, pela segunda vez, nasce um novo coração!

A sementinha germinou! Nosso lar abençoado por Deus vai ser novamente palco do maior milagre da vida: um novo ser foi concebido, estamos esperando um bebezinho.
Tão desejada, planejada e aguardada quanto à primeira gestação, estamos em estado de graça, radiantes com a noticia de que seremos papais novamente. Esta história de amor que está sendo escrita a seis mãos (entre elas duas mãozinhas lindas) nos faz acreditar ainda mais na força da vida, da família, do casamento e do amor. Vamos dar um irmãozinho para nosso filho, que já interage com o “neném” desde o instante em que lhe contamos a novidade. Novidade contada com as palavras que vão lhe acompanhar por toda a sua vida: Filho, a mamãe e o papai vão dar para você um irmãozinho e ele será para sempre o seu melhor amigo!
Menino ou menina? Tanto faz! Apenas pedimos a Deus que nos dê um bebezinho que transborde saúde e alegria assim como o Daniel.
E que venham os enjoos, os chutes, o barrigão, as dores e as delicias de se gerar um filho. Gestação esta que não será contada em semanas, mas em centímetros, conforme for alargando a silhueta da mamãe! Respeitaremos o tempo, a vontade de Deus e buscaremos a forma mais humanizada e natural possível para recepcionarmos nosso filho, que em Abril, com a Graça de Deus, chegará ao mundo para nos fazer ainda mais felizes!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Eu Sou Ativista da Amamentação!


                                         

Respondendo ao chamado das mamães do Blog Desabafo de Mãe, segue minha reflexão sobre a amamentação e a necessidade de sermos ativistas desta causa tão sublime. Neste pequeno relato falo sobre a ligação da amamentação com o peito que antes era enfeite, com o parto que me foi roubado, com o apoio recebido de profissionais e da família, com a volta ao trabalho e com as dores e delicias de dar de mamar!
 Sou uma ativista da amamentação pelo prazer e orgulho que sinto em amamentar meu filho, pelos benefícios que a amamentação traz para a vida da criança e também pelas dificuldades que tive que vencer para estar até hoje amamentando.
 Até ficar gravida, para mim peito servia só para enfeitar e eu usava e abusava disso. Aos 27 anos de idade eu me senti a descobridora do melhor uso do peito quando implantei 300ml de silicone de cada lado. Para mim um decote valia mais que um salto alto! Em nenhum momento pensei em deixar de amamentar por ter colocado prótese, pois se caísse, eu ergueria de novo. Só não imaginava que o uso que eu fazia deles era insignificante perto da amamentação, momento em que eu verdadeiramente me tornei esta descobridora.
Como uma amiga da lista do Parto Nosso disse, a amamentação era um vinculo que a cesárea não havia me roubado e eu resolvi busca-la com as forças que não tive (ou não soube usar) para buscar o meu parto. Amamentar se tonou um desafio, uma forma de alimentar meu filho e minha alma, de me fazer sentir capaz de cuidar daquela criança que eu havia feito, gerado, mas infelizmente, não havia parido.  
Tive muito medo do leite não descer por causa da cesárea e das próteses, mas fui abençoada com leite em abundancia e meu pequeno mamou logo que nasceu e foi aí, exatamente aí que eu comecei a entender o porquê de tantas campanhas a favor da amamentação: sonolenta, sem poder me movimentar direito por causa da cirurgia, na ânsia de coloca-lo no peito e esquecer do parto que eu não tive, ganhei um peito ferido logo na primeira noite e muita, mas muita dor ao amamentar. 
Eu rezava para não desistir e perguntava: Deus, por que um ato tão lindo, de tanto amor e doação pode me fazer sentir tanta dor?  Cheguei a pensar que aquilo tudo era uma vingança da natureza contra mim por eu não ter sentido as dores do parto ou que era uma consequência da colocação das próteses. Quase como uma resposta às minhas orações, Deus me enviou três anjos do céu para me ajudar na missão de amamentar o Daniel: meu companheiro, pai do meu filho que em todas as mamadas levantava comigo, me ajudava a fazer um charutinho do bebê e literalmente, colocava a boquinha dele no meu peito para que a boa pega (meu sonho de consumo na época) acontece de primeira; minha doula de gestação que me ensinou como pôde, antes e logo após o parto, o que era possível se passar na teoria e minha doula de amamentação, a pessoa que mais eu me alegrava em ver nos primeiros dias pós-parto, que com mãos de fada massageava meu peito e colocava meu filho para mamar.  
Os primeiros dois meses de amamentação foram uma sucessão de dor e angustia, principalmente quando eu via meu bebe regurgitando o sangue que ingeria com o leite. Ordenha manual, ordenha mecânica, concha, massagem, pomada e ainda assim amamentação ininterrupta, independente da dor. 
Voltei a trabalhar cinco meses após o parto e para não deixar meu filho com formulas e mamadeiras, chegava a abrir seis porteiras sozinha, ida e volta, para amamenta-lo. Exausta, cansada e ainda com dor, além de amamentar, ordenhava para deixa leite congelado para dar no copinho, caso eu viesse a faltar alguma hora. 
O tempo e a persistência curaram as cicatrizes e enfim entrei na lua de mel da amamentação. Hoje, ainda amamentando, vejo que fui uma pessoa abençoada e que se não tivesse tido todo o apoio em casa e a estrutura financeira que me possibilitou investir em ajuda, eu dificilmente teria conseguido. Entendi enfim o porquê de tantas mães não amamentarem e o porquê de tantas campanhas publicitárias para um país onde mães deixaram de parir e agora parecem estar deixando também de amamentar. 
Sou ativista da amamentação por que amamentar é lindo. É um momento único onde mãe e filho estão novamente ligados por um cordão de leite, em sintonia total, em um gesto de amor e doação de ambos.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Parir? Por que??

Encontrei este texto lindo no Blog de uma das mamiferas que participam do Parto Nosso. Coisa linda de se ler, sonho lindo de se ter!

Parir? por que??
Um texto da impagável Ana Cris Duarte sobre os motivos que levam uma mulher a querer experimentar o parto natural.

“Porque esse é o meu último filho, e eu preciso experimentar o que o meu
corpo pode. Quero sentir meu filho passando através da minha bacia, abrindo
meus ossos, fazendo eles quase quebrarem pela força do meu filho dentro de
mim. Quero sentir meu filho descendo e encaixando sua cabeça nas minhas
entranhas, milímetro a milímetro, como se estivéssemos dançando um tango
emocionante, onde cada passo fosse totalmente calculado para o resultado
perfeito. Quero sentir minhas mucosas cedendo espaço e esquentando a cada
contração, quero sentir meu filho passando pelo mesmo lugar por onde ele
entrou. Quero me sentir mais perto de Deus, ao ser capaz de produzir uma
vida e colocá-la de forma segura neste mundo. Quero sentir meu útero se
contraindo com força, porque eu sou mulher e eu me sinto muito orgulhosa de
poder gerar, gestar, parir e alimentar uma criança e se eu não vim no mundo
para isso, eu não sei exatamente então o que eu vim fazer aqui. Quero sentir
cada contração como se fosse o sopro de Deus direto para dentro do meu
corpo, fazendo cada célula do meu corpo tremer com a energia desse evento.
Quero que meu filho sinta cada uma dessas contrações como se fosse um abraço
forte que eu dou a ele, e como se Deus pessoalmente o estivesse embalando.
Quero que ele perceba que algo importante e grandioso está para acontecer na
vidinha dele. Quero que ele confie em mim para o resto da vida, como sendo
aquela pessoa que lhe deu a vida e o colocou em segurança para fora do
finito espaço uterino. Quero que ele confie nele mesmo para sempre e saiba
que com esforço e perseverança ele consegue o que quiser. Quero que ele
saiba para sempre que eu e ele juntos, com o apoio do pai dele e a torcida
do irmão, podemos tudo, que não há limitação para a nossa força! Quero
provar a mim mesma que sou uma pessoa capaz, que meu corpo não é meu
inimigo, pelo contrário, que ele é meu amigo, meu companheiro, meu templo e
meu porto seguro. Quero recuperar tudo o que perdi e o que me roubaram
quando tive bebê pela primeira vez. Quero me sentir poderosa, forte,
vitoriosa, criativa, emotiva, grande, bonita, durante o parto e para sempre.
Quero que meu filho nasça e venha imediatamente para o meu colo, para os
meus braços, para os meus lábios, para as minhas mãos, para os meus peitos,
e para isso preciso ter um parto natural. Quero que meu filho nasça em paz,
sem dor, sem ser arrancado das minhas entranhas porque eu não me esforcei o
suficiente. Quero que, se as intervenções forem necessárias, elas só o sejam
porque eu fiz tudo o que estava ao meu alcance para evitá-las. Quero que meu
filho nasça livre de drogas, e que assim permaneça por toda a vida, para que
ele possa sentir sempre a beleza da vida de cara limpa, de pele limpa, de
olhos limpos. Quero que ele se sinta calmo e seguro, por estar sempre nos
braços meus ou seus, ouvindo minha voz ou a sua, e não fique sozinho
chorando num berço aquecido, sem um único som familiar para se acalmar.
Quero sentir-me mais capaz quando tudo isso terminar.Quero sentir minhas entranhas se
abrirem e desabrocharem dando uma vida nova a essa criança. Quero sentir a
dor, a ardência, o tremor, o prazer e a glória de parir. Quero me sentir
mulher.”

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Para o Blog, Azul!

Eu nunca gostei de azul. Quem me conhece sabe que eu sou uma leonina de cores quentes, de vermelho, de laranjado, de amarelo ouro. Eu também não gosto de internet. Não a considero uma opção para o meu lazer. Eu nunca escrevi um Diário. Eu não sou de compartilhar meus anseios, pensamento e vontades. Então para que um Blog Azul? Não sei, só sei que meu coração está pedindo, que sinto a necessidade de colocar em palavras o que até hoje ficou guardado apenas dentro de mim, no pequeno universo que construí ao longo dos anos e que com a maternidade ganhou grandes proporções e a necessidade de criar forma, ter história, enredo, enfim.

Que eu vivo em mundo pouco convencional para a maioria das mulheres todo mundo sabe. Engenheira duas vezes, habilitação AD, faço 45km de estrada de chão dirigindo caminhonete traçada para poder ver a cor do asfalto, acordo e durmo aonde eu trabalho, levo meu chefe todos os dias para minha casa (que fica em uma fazenda próxima de absolutamente nada) e meu filho todos os dias para o trabalho, passo o dia todo de botina e capacete em uma obra onde 90% das pessoas são do sexo masculino, vou para a cidade somente uma vez por mês (por escolha própria) e sou mãe da coisa mais linda já criada por Deus. Daí já se abre um novo leque de particularidades: fazemos cama compartilhada, usamos fraldas de pano, leite só o materno, sem chupetas, andadores, mamadeiras, pomadas para assadura, comidas industrializadas e todo o resto que facilita a vida dos pais. Por pura escolha.


E como é viver assim? Como conviver com tantas particularidades quando o mundo lá fora está cada vez mais padronizado? Como fazer com que todos entendam e aceitem nossas escolhas (nossas por que este é um universo construído a seis mãos)? Daí a necessidade de se colocar para fora, de analisar o que está sendo feito, de buscar a certeza de que tudo está valendo a pena. Sim, há questionamentos. Claro que há.

Para esfriar a cabeça, para descarregar a alma e para tranquilizar o coração: um Blog Azul.